sexta-feira, julho 06, 2007

União Européia quer cigarros à prova de incêndio
Quinta-feira 5 de Julho, 2007 10:10 GMT

Por Darren Ennis
BRUXELAS (Reuters) - A comissária (ministra) de Proteção ao Consumidor da União Européia, Meglena Kuneva, pretende evitar milhares de queimaduras por ano ao exigir que todos os cigarros vendidos no bloco tenham um sistema de auto-apagamento, segundo funcionários da Comissão Européia.

Esses cigarros param de queimar após alguns segundos sem serem tragados, devido a pequenos furos no papel que impedem a circulação de oxigênio.

Fontes do Poder Executivo europeu disseram que Kuneva deve formalizar a proposta neste ano.

"Dados de apenas 14 Estados membros (de um total de 27) mostram que mais de 2.000 mortes por ano são causadas por incêndios relacionados a cigarros, com milhares de pessoas feridas e dezenas de milhões de euros em prejuízos", disse um funcionário à Reuters.

"Já houve discussões com os vários interessados, como autoridades de segurança contra o fogo, a indústria do tabaco e grupos de consumidores. Há um apoio generalizado", disse a fonte.

A Comissão Européia está desenvolvendo um padrão para os cigarros de toda a UE, similar ao que já vigora em Estados Unidos e Canadá.

"O Canadá introduziu a legislação em 2005, e vários Estados dos EUA acompanharam, inclusive Nova York, Nova Jersey e Califórnia, enquanto a Austrália pretende também criar leis para cigarros seguros contra incêndio", disse outro funcionário da Comissão.

"Então seria mais sensato e fácil para a indústria se criássemos um padrão comum a ser usado em todo o globo."

As autoridades disseram que as pesquisas mostram que os novos regulamentos na América do Norte não afetaram o preço dos cigarros. "O custo (das medidas) é de cerca de 0,01 a 0,02 cêntimo de euro por maço", disse um funcionário.

De acordo com essas fontes, as indústrias prometeram apoiar o plano, desde que tenham tempo suficiente para se adaptar.

Até então, as empresas diziam que os aditivos químicos contra a queima dos cigarros iriam causar ainda mais males aos fumantes, que também não aprovariam o novo sabor.

Richard James, porta-voz da Philip Morris --fabricante do Marlboro e de outras marcas importantes-- disse que o setor apóia a iniciativa, "mas deve estar de acordo com o padrão adotado em Nova York."

"Também deve deixar claro que esta medida sozinha não impede totalmente incêndios pela queima de cigarros, (que) os fumantes precisam também ser mais responsáveis quando fumam."

Reuters

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