quinta-feira, setembro 30, 2010

Bruxelas assina acordo com a Imperial Tobacco contra fraude de cigarros

BRUXELAS — A Comissão Europeia anunciou nesta segunda-feira ter assinado um acordo com a fabricante britânica Imperial Tobacco para lutar contra o contrabando e a falsificação de cigarros.

Segundo o acordo, a Imperial Tobacco concederá à Comissão e aos Estados da União Europeia (UE) 300 milhões de dólares durante os próximos 20 anos para a luta contra as fraudes, destacou Bruxelas.

A empresa também vai trocar informações com a UE, além de reforçar os procedimentos de seleção e vigilância dos clientes e os sistemas de localização de produtos.

Em julho a Comissão Europeia anunciou um acordo similar com a número dois do setor, a British American Tobacco (BAT).

Associações querem boicote a festival patrocinado por marca de cigarro

JACARTA — Grupos de rock como The Smashing Pumpkins e Stereophonics foram convidados por associações de combate ao tabaco a boicotar um festival na Indonésia que é patrocinado por uma marca de cigarro.

"Como o evento é financiado por um fabricante de cigarros, todo grupo que participar nele deve saber que contribui para estimular os jovens ao consumo", denunciou Matthew L. Myers, presidente da Campaign for Tobacco-Free Kids, que tem sede nos Estados Unidos.

A Campaign integra uma rede de associações internacionais que pede a 14 grupos estrangeiros, entre eles o MUTEMATH e o Dashboard Confessional, o cancelamento da participação no Java Rockin'Land, programado para outubro em Jacarta, que se apresenta como o maior festival de rock do sudeste da Ásia.

O evento é patrocinado pela Gudang Garam, uma das principais marcas de cigarro da Indonésia.

Mais de 60% dos homens fumam na Indonésia, a quarta maior população do planeta, com 240 milhões de habitantes.

"Quase não há política de controle do tabaco, o que faz com que o país seja um paraíso para os fabricantes de cigarros" denunciaram recentemente Simon Chapman e Becky Freeman, da Faculdade de Saúde Pública de Sydney.

Esta polêmica não é novidade na Indonésia. Durante os últimos dois anos, as cantoras americanas Alicia Keys e Kelly Clarkson se recusaram a cantar em shows patrocinados por marcas de cigarros.

CANADÁ
Governo está colocando vidas em risco, e ignorando seu próprio conselho.

28 de Setembro de 2010.

OTTAWA - Após seis anos de consultas e planejamentos, o governo decidiu ignorar o seu próprio conselho com referência a novas imagens de advertências para os maços de cigarros.

"Os governos provinciais e grupos de saúde do Canadá estão pedindo a renovação das imagens. Por quê? Os atuais rótulos já estão antigos e com uma renovação, poderão se salvar vidas", disse Glenn Thibeault, dos Direitos de Defesa do Consumidor.

Após intensa pressão dos lobbies do tabaco, o governo conservador decidiu que não vai exigir das empresas de tabaco a implantação de nova rotulagem para os maços de cigarros a fim de ajudar a redução do tabagismo.

"A Saúde Canadá (Health Canada) desperdiçou seis anos de planejamentos e estudos. E antes mesmo dessa decisão para a possível nova rotulagem, o governo já havia cancelado sua campanha anti-tabagista, acrescentou Thibeault. Estou sem saber porque esses atrasos ocorreram e a que custo?"

Estudos mostram que após anos de declínio, a taxa de tabagismo estabilizou-se.

"A única ação que estão tomando é a de resolver o problema de contrabando de cigarros, que mostra claramente como este governo está mais preocupado com a linha de fundo das empresas de tabaco do que com a segurança e a saúde dos canadenses", disse Megan Leslie (New Democrat Health Critic). "Os conservadores decidiram colocar os lobistas do tabaco à frente dos interesses da saúde."

Tanto Leslie como Thibeault aplaudem os atuais planos do governo australiano, que pretendem implantar "embalagens simples" (plain-packaging) para os cigarros. Os deputados democratas também estão pedindo à Saúde Canadá para aumentarem as advertências, com novas imagens para as embalagens de cigarros.

http://www.ndp.ca/press/revamp-tobacco-warning-labels-now-ndp

sexta-feira, setembro 24, 2010

Egito declara guerra ao cigarro
24 de setembro de 2010 • 10h43

O Egito, um paraíso para dez milhões de fumantes que consomem mais de 75 bilhões de cigarros por ano, acaba de declarar guerra ao cigarro com uma drástica alta dos impostos e a proibição de se fumar em lugares públicos.

As novas medidas já estavam incluídas em uma lei aprovada pelo Parlamento egípcio em junho de 2007, mas sua aplicação, adiada durante meses, só começou agora com poucas demonstrações de entusiasmo nas ruas.

Indiferentes à alta de 40% no preço do cigarro, dezenas de fumantes rodeiam um pequeno quiosque em um bairro do centro de Cairo, onde Karim Ashraf, um jovem de 23 anos vende cigarros sem parar.

"A única coisa que mudou é que agora os clientes compram mais cigarros a varejo", disse Ashraf à Agência Efe. Ele explicou que o aumento dos preços atingiu todas as marcas, inclusive Cleopatra, a mais barata e popular, que passou de 2,75 para 4,25 libras egípcias.

A batalha do Governo contra o cigarro não tem apenas o objetivo de fazer com que milhares de pessoas deixem de fumar através do aumento dos preços, mas também proibir o fumo em prédios e meios de transportes públicos.

Até a entrada em vigor da nova lei esta semana, 70% dos egípcios foram fumantes passivos durante anos em ambientes fechados e meios de transporte públicos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Acabar com o cigarro em hospitais, ônibus e demais locais é apenas um dos desafios de uma iniciativa que nasceu em 2008 com a inserção da imagem de um homem ligado a aparelhos e a advertência que fumar mata nas embalagens de cigarros.

"Era Hamdy Balala", afirma Ashraf, lembrando que o homem da imagem processou o Ministério da Saúde por manipular uma fotografia que acabou gerando piadas entre os egípcios, pois "Balala está vivo e continua sendo um fumante convicto", conta, entre gargalhadas, o vendedor.

Desde então a campanha antifumo desperta a desconfiança de fumantes como Said Ali, de 67 anos, que deu sua primeira tragada há 50 anos entre amigos de escola e que não acredita em outros dos alertas, de que o cigarro causa impotência.

"Durante este tempo fumei um maço por dia" e nunca tive este tipo de problema, comenta Ali, que toma Viagra para ajudar no desempenho sexual e depois fuma para tirar o gosto do medicamento da boca.

Os motoristas de ônibus públicos também estão preocupados, pois sabem que será difícil controlar os passageiros indisciplinados.

"Quando alguém se negar a apagar o cigarro, pararei o ônibus e pedirei a essa pessoa que desça", diz o motorista Zabet Jamis, que se considera um fumante passivo após anos de convivência com a fumaça de seus passageiros e que espera que a nova lei faça com que muitos fumantes deixem o cigarro.

Se não for por convicção, alguns egípcios terão que se privar do cigarro pelo menos pelo medo das multas, que variam entre 50 e 100 libras egípcias para os fumantes e entre mil e 20 mil libras para os responsáveis pelos lugares onde a lei não for respeitada.

Para garantir o cumprimento da lei, o Governo anunciou que funcionários da unidade antitabaco do Ministério da Saúde percorrerão ônibus e dependências administrativas em busca de infratores.

Saleh, um metalúrgico de 34 anos, não se preocupa com a proibição. "Nunca fumei no ônibus. É prejudicial para mim, mas não quero que também seja para os outros", diz enquanto acende um charuto.

As medidas coercitivas, segundo ele, não estimularão seu desejo de parar de fumar. "A verdadeira motivação eu tenho em casa e é minha filha de três anos, que sempre pega a embalagem de cigarro e joga pela janela", conclui.

http://noticias.terra.com.br/noticias/0,,OI4695855-EI188,00-Egito+declara+guerra+ao+cigarro.html

quarta-feira, setembro 22, 2010

Advertências da Saúde: Para fazer valer

The Phnom Penh Post, Quarta-feira, 22 de Setembro de 2010 15:01 Por KEELEY SMITH e SEN DAVID

O Ministério da Saúde aumentou os esforços para impor um novo sub-decreto tornando obrigatória a apresentação das escritas de advertências de saúde em todos os maços de cigarros vendidos no reino do Camboja. Cartas foram emitidas a um número não divulgado de empresas que ainda não estavam em conformidade, disse um oficial do ministério.

Khun Sokrin, diretor do Centro Nacional de Promoção da Saúde disse que "a maioria, mas nem todos os fabricantes de tabaco" e os importadores, tinham cumprido os termos do sub-decreto, que entrou em vigor em 20 de julho. O ministro da saúde, Mam Bunheng, disse no final do mês passado que algumas empresas estavam em conformidade.

Na segunda-feira, o ministério enviou duas cartas - uma agradecendo as empresas que estavam usando as advertências, e outra, "exortando" àquelas que perderam o prazo para começar a usá-los, disse Khun Sokrin.

Além disso, disse ele, o ministério exibiu na rede de televisão cambojana no início deste mês , uma declaração exigindo que as empresas que ainda não cumpriram, para que passam a fazê-lo imediatamente. Os funcionários foram entregar a mesma mensagem em programas de rádio ao longo dos últimos 10 dias, disse.

"O prazo já passou", disse Khun Sokrin.

O sub-decreto define três etapas para execução: emissão de cartas de advertência, suspensão temporária dos infratores e, finalmente, encerrar definitivamente as empresas que não cumprirem.

Khun disse ontem que não tinha liberdade para revelar o número ou os nomes das empresas que não estavam usando os avisos.

No entanto, Kun Lim, chefe de assuntos corporativos da British American Tobacco Cambodia, disse nesta semana que pelo menos oito das 14 principais empresas distribuidoras, estavam em desacordo com o sub-decreto.

"A execução é fraca", disse Kun Lim. "Eu tinha acabado de apelar ao Ministério da Saúde para que a lei se intensifique a favor, porque é um logo tempo."

Oficiais disseram no mês passado que as embalagens de cigarros ainda não apresentavam os avisos porque as lojas estavam desovando o material que tinha sido entregue antes do sub-decreto entrar em vigor.

Kun Lim disse à época, que poderia levar três ou quatro meses para que todo o estoque antigo fosse vendido.

Representantes de várias das oito empresas identificadas por Kun Lim, disseram ontem que já tinham cumprido o sub-decreto ou que iriam fazê-lo em breve.

"Agora, a fabricante não colocou os avisos sobre as embalagens, mas ainda estamos planejando", disse Hen Lim, distribuidor no Camboja para Hong Kong International Tobacco (HKIT), que fabrica marcas como Marce, Phnom Meas e Yellow Elephant.

Hen Lim disse que "HKIT 'apóia' a nova lei, porque é um direito dos residentes de conhecer os riscos".

Falando sob condição de anonimato, um funcionário da Go Well Tobacco International Pte Ltd - distribuidora das marcas GD, Panda e Era branco e azul - disse que a companhia já tinha colocado avisos nos seus estoques.

Os avisos são um componente da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, da Organização Mundial da Saúde, no qual o Camboja ratificou em 2005.

No mês passado, o Ministério da Saúde anunciou uma proibição abrangente sobre todas as formas de publicidade e promoção do tabaco, que também faz parte do esforço para entrar em conformidade com a Convenção.

http://www.phnompenhpost.com

sexta-feira, setembro 17, 2010

Pode viciar, mas não dá câncer

A discussão sobre o cigarro eletrônico: é droga sintética ou a solução para quem não consegue largar o fumo.

Muitos fumantes nos Estados Unidos substituíram o tabaco por uma novidade inventada há cinco anos na China - o cigarro eletrônico. Ao contrário do cigarro convencional, ele não é feito de tabaco. Embora contenha nicotina, que, segundo os médicos, pode causar dependência tão forte quanto a cocaína, não tem as substâncias cancerígenas do cigarro comum, como o alcatrão e os derivados do benzeno. Com essas características, para muita gente que não consegue largar o hábito das tragadas diárias, o cigarro eletrônico representa a possibilidade de, pelo menos, fumar sem se contaminar com substâncias altamente tóxicas. Há também quem veja no substituto do cigarro comum um instrumento para abandonar aos poucos o hábito de fumar. Ocorre que o FDA, o órgão do governo americano encarregado de controlar os medicamentos, proíbe a produção e a venda do cigarro eletrônico por classificá-lo na categoria das drogas químicas, da mesma forma que os chicletes e os adesivos de nicotina. Para considerar a liberação, o órgão exige que o produto se submeta aos mesmos procedimentos por que passa qualquer novo remédio - uma série exaustiva de testes de laboratório para determinar de forma precisa seus efeitos no organismo humano. A mesma posição tem a Anvisa, que há um ano proibiu a venda de cigarros eletrônicos no país.
Nos Estados Unidos, criou-se, dessa forma, um impasse. As cerca de 300 companhias americanas que importam os cigarros eletrônicos da China são pequenas. Elas alegam não possuir capital suficiente para bancar os caríssimos testes de laboratório exigidos pelo FDA. O órgão parece ser uma voz solitária. Diversas associações médicas dos Estados Unidos, como a Associação Americana de Médicos da Saúde Pública, avaliam o cigarro eletrônico como um dos produtos mais eficazes criados até hoje para combater o tabagismo. Eles baseiam sua opinião numa infinidade de depoimentos de ex-fumantes que relataram só ter conseguido largar o vício após um tempo usando os cigarros eletrônicos. O National Vapers Club, grupo de Nova York que defende sua liberação, calcula que haja hoje nos Estados Unidos 1 milhão de fumantes de cigarros eletrônicos. Para o FDA, o produtos não induz a largar o vício do cigarro - ao contrário, estimula mais pessoas a fumar.
O cigarro eletrônico é um cilindro de metal que abriga uma pequena bateria e um reservatório. Para fumar, enche-se o reservatório com uma mistura de água, nicotina, aromatizantes e propilenoglicol, substância química usada em alimentos que é o segredo dos coquetéis moderninhos que soltam fumaça. Quando se suga a ponta do cilindro, o líquido se transforma em vapor pela ação de um vaporizador movido pela bateria. O vapor, então, é inalado. Para usar novamente o cigarro, é preciso reabastecer o reservatório com um refil, vendido separadamente.

Carolina Melo
Revista Veja, 1 de Setembro de 2010.



Nicotina, sim; alcatrão, não.
O cigarro eletrônico é um cilindro de metal que abriga uma pequena bateria e um reservatório.

A fumaça inalada é basicamente vapor formado pela água colocada no reservatório.

À água se mistura nicotina, a substância do cigarro convencional que vicia, mas não é cancerígena como o alcatrão e outros ingredientes do tabaco.

terça-feira, setembro 07, 2010

General Tobacco cessa operações.

3 de Setembro de 2010 - General Tobacco, a sexta maior companhia de tabaco dos Estados Unidos, planeja encerrar as operações depois de não conseguir efetuar os pagamentos devidos à título do Master Settlement Agreement, relata o The Wall Street Journal.

Situada em Mayodan, Carolina do Norte, a empresa parou de fabricar cigarros e outros produtos de tabaco há alguns meses e é cogitado o encerramento das operações.

Fabricante de marcas como Bronco, Silver e GT, General Tobacco entrou no mercado em 2000 e rapidamente arrancou quotas de mercado dos concorrentes de maior dimensão. Em 2004, a empresa registrou vendas anuais de US$ 335 milhões e conquistou 2% de participação de mercado.

A empresa se juntou ao MSA em 2004 e concordou em fazer os pagamentos para as vendas em curso e os registrados antes da união.

No entanto, a combinação de forte concorrência e das obrigações da MSA foi forte demais para General Tobacco.

Em 2008, General Tobacco demandou muitos advogados e companhias de tabaco, alegando que MSA dava uma vantagem injusta aos concorrentes. Um juiz de Kentucky julgou o caso. General Tobacco interpôs recurso para este ano, que continua a perseguir.

www.tobaccoreporter.com