Presos fabricantes de cigarros falsos
Quadrilha que abastecia toda a região e até outros Estados foi presa
ontem em operação da Polícia Civil; chefe do esquema era morador de Bauru
Nas vésperas do Dia Mundial Sem Tabaco,
comemorado no próximo domingo (31), a Polícia Civil prendeu, ontem, quatro
pessoas acusadas de integrar uma quadrilha que fabricava cigarros falsificados
e distribuía os produtos para toda a região e cidades de outros Estados
brasileiros. Identificado como chefe da associação criminosa e responsável por
toda a logística do esquema, Antonio Benedito da Silva, 52 anos, era morador de
Bauru.
No galpão alugado que funcionava como depósito das mercadorias, em Ibitinga (90 quilômetros de Bauru), foram apreendidos aproximadamente 85 mil maços de cigarro falsificados e duas carretas, além de 224 bobinas de papel próprio para a fabricação do produto e 14,3 toneladas de fumo, que ainda seriam misturadas a outros componentes.
No galpão alugado que funcionava como depósito das mercadorias, em Ibitinga (90 quilômetros de Bauru), foram apreendidos aproximadamente 85 mil maços de cigarro falsificados e duas carretas, além de 224 bobinas de papel próprio para a fabricação do produto e 14,3 toneladas de fumo, que ainda seriam misturadas a outros componentes.
A operação foi desencadeada por volta das 7h30 dessa quinta-feira (28) pela Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) de Bauru em conjunto com o setor de inteligência da Seccional e da Polícia Civil de Jaú e Pederneiras. Segundo o delegado titular da Dise, Cledson Nascimento, as prisões foram resultado de cerca de três meses de investigações.
Além de Silva, foram presos Robson Ricardo Teles, 38 anos, morador de Arealva (41 quilômetros de Bauru), Éderson Henrique Razza, 33 anos, e Tiago Pinto de Carvalho, 29 anos, ambos de Ibitinga. Os três foram flagrados no depósito localizado em Ibitinga, carregando uma das carretas para a posterior distribuição das mercadorias.
Cópias grosseiras
Silva foi detido em sua casa, na quadra 11 da rua Doutor Armando Pieroni, na Vila Riachuelo, zona sul de Bauru. Buscas foram realizadas em duas propriedades rurais em Arealva e Itaju (69 quilômetros de Bauru) na tentativa de localizar a fábrica, mas nada foi encontrado.
Segundo o delegado, a quadrilha falsificava cigarros de duas marcas – uma nacional e outra paraguaia. “As cópias eram bastante grosseiras. Tudo leva a crer que eles usavam uma máquina extrusora para a fabricação e, depois, os funcionários embalavam e encaixotavam para distribuição”, observa.
É o mesmo modo de operação utilizado na fábrica de cigarros interditada pela Polícia Civil em junho de 2009, em Piratininga, em que Silva também estava envolvido, conforme comprovaram as investigações. Ainda de acordo com o titular da Dise, as investigações continuam para tentar localizar esta nova fábrica e outros integrantes da quadrilha.
Os que foram presos nessa quinta (28) responderão por associação criminosa, falsificação de selo público, falsificação de propriedade industrial e por crime contra a saúde pública. Eles seriam encaminhados ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Bauru. As mercadorias apreendidas foram levadas para a Delegacia da Polícia Federal.
http://www.jcnet.com.br/
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