Convenção-Quadro: Conferência em Durban, África do Sul.
Johannesburg: A África tornou-se o principal alvo das corporações do tabaco que estão sendo expulsas dos países desenvolvidos devido a leis mais duras, impostos elevados e maior sensibilização dos consumidores ante os perigos do tabagismo.
Uma conferência destinada a reduzir a disseminação de produtos de tabaco a nível mundial, convocado pela Organização Mundial da Saúde, começou em Durban, África do Sul, na segunda-feira passada.
Esta é a terceira reunião da organização da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, um tratado que já conta com o apoio de 160 países e vincula os signatários a medidas destinadas a redução do fumo - uma das principais causas de várias doenças, especialmente câncer.
A organização diz que o tabagismo mata cerca de 5,5 milhões de pessoas todos os anos, com 70% das mortes ocorrendo em países em desenvolvimento.
Países africanos estão enfrentando o maior aumento na taxa de uso do tabaco entre os países em desenvolvimento. O consumo de tabaco está aumentando em 4,3% ao ano na região.
Mas a África está começando a luta. Quarenta e dois países africanos já assinaram o tratado de controle do tabaco, que os vincula a várias medidas anti-tabaco, incluindo elevados impostos sobre os produtos de tabaco e proteção às pessoas contra a exposição ao fumo.
Outra proposta em consideração informada pelo secretariado da Convenção-Quadro é a mudança para embalagens genéricas ou 'planas', com cores e fontes padronizadas e "somente a informação mais objetiva", incluindo um aviso de advertência bem grande. A idéia é tornar a embalagem a mais feia possível, informa Deutsche Presse-Agentur.
A discussão para embalagens genéricas já aconteceu em alguns países, como em 1995 no Canadá e no começo deste ano na Grã-Bretanha, que também iniciou um processo de consulta em torno de embalagens planas.
The Independent Online (IOL) (za)
21/11/2008
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