domingo, fevereiro 24, 2013


Polícia estoura fábrica clandestina de cigarro

23/02/2013 - O produto era fabricado em um sítio de difícil acesso, no Eusébio. A propriedade pertence a um auditor da Sefaz, segundo a Polícia. Estima-se que o lucro mensal da quadrilha era de R$ 4,8 milhões. Quatro foram presos



A Polícia Civil estourou uma fábrica clandestina de cigarros, na manhã de ontem, no município de Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza. Segundo o titular da Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF), Jaime de Paula Pessoa, as investigações apontam que a fábrica estava em funcionamento há três meses e tinha um faturamento diário de R$ 160 mil - cerca de R$ 4,8 milhões mensais. Quatro acusados foram presos em flagrante e um adolescente de 16 anos foi apreendido. Nenhum é cearense.

A operação foi deflagrada às 7 horas e contou com a participação de 15 policiais, pertencentes ao Comando Tático Motorizado (Cotam) da Polícia Militar e à Coordenadoria de Inteligência (Coin) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). Os acusados foram identificados como José Henrique Siqueira, de 38 anos, natural de São Paulo, e João Alves Machado, 38, nascido no Paraná; Também foram presos os pernambucanos Josinaldo Vieira da Silva, 40; Gabriel Silva do Nascimento, 19; e um adolescente de 16 anos. Não há informações sobre antecedentes criminais do grupo.

Eles são acusados de fabricar cigarros da marca US América Blend, do Paraguai, e WL, de fabricação nacional, conforme o delegado. Segundo Jaime de Paula, o Ministério da Saúde proibiu a comercialização dessas marcas de cigarro em território nacional. A informação foi confirmada ao O POVO pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Os produtos seriam vendidos em comércios do Ceará e de outros estados do Nordeste. Por dia, eram produzidas na fábrica cerca de 400 caixas de maços de cigarro.

Trabalho escravo

Dentro do complexo instalado no sítio, havia ainda um grande dormitório e um rancho, instalados em duas casas, onde os operários da fábrica clandestina ficavam alojados. Conforme o delegado Jaime de Paula Pessoa, os “funcionários” eram proibidos de deixar o local e disseram à Polícia que recebiam um salário de R$ 2 mil por mês para atuar em esquema definido por eles como “trabalho escravo”.

“Inclusive, foi desta forma que chegamos até eles. Após uma denúncia de trabalho escravo. Eles trabalhavam 12 horas por dia, durante toda a semana. Não era permitido que eles deixassem o local. Por isso, o líder do grupo não deixava faltar nada para eles. Por isso, a despensa está cheia de comida”, afirmou Jaime.

Apontado como o responsável pelo funcionamento da unidade, Henrique Siqueira foi o único dos acusados que aceitou falar com o O POVO. Ele alegou, porém, que estava sendo preso injustamente. “Eu trabalho na roça, no sítio aqui do lado, que eu tinha alugado. Não conheço ninguém daqui. Só ouvia falar que aqui funcionava um depósito, com câmaras frigoríficas, onde eles armazenavam frutas”, resumiu.

Crimes

Segundo o delegado Jaime de Paula, os acusados responderão por formação de quadrilha, crime contra a saúde pública, pretexto para falsificação, crime contra a ordem tributária e tentativa de estelionato. Os adultos estão detidos na DDF, no Centro, e o adolescente foi encaminhado para a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA), no bairro Presidente Kennedy.

ENTENDA A NOTÍCIA

A fábrica foi descoberta pela Polícia após uma denúncia de trabalho escravo. Com escala de produção industrial, no local eram produzidas cerca de 400 caixas de cigarro diariamente. Os produtos eram comercializados no Nordeste.

Números

R$ 4,8 mi
É a estimativa do faturamento mensal da fábrica, segundo a Polícia Civil

R$ 8 mi
Foi o investimento feito pelos criminosos, que teria sido gasto com o maquinário da fábrica

Multimídia
Veja vídeo da fábrica clandestina de cigarros descoberta pela Polícia no Eusébio no portal O POVO Online:
www.opovo.com.br

terça-feira, fevereiro 19, 2013


Nova Zelândia quer tirar logo das empresas de maços de cigarro
19 de fevereiro de 2013 • 02h43 •  atualizado 02h53


Já considerado um dos países mais rigorosos contra o tabagismo, a Nova Zelândia anunciou nesta terça-feira planos para que as empresas retirem seu logotipo dos maços de cigarros. A lei "irá remover o último vestígio de glamour destes produtos mortais", afirmou Tariana Turia, do Ministério da Saúde. O projeto, entanto, deve esperar pelo recurso de uma lei similar na Austrália para entrar em vigor, de acordo com informações da agência AP.
Leis na Nova Zelândia já obrigam vendedores a esconder maços de cigarros atrás do balcão, além de aumentar o imposto sobre o produto. A nova legislação seguiria um exemplo australiano, que entrou em vigor em dezembro e substituiu os logos nas embalagens por avisos, como a possibilidade de câncer para os consumidores do tabaco.
Essa lei na Austrália, no entanto, ainda pode ser revista. Companhias do tabaco perderam um recurso na Suprema Corte do país, mas a Organização Mundial do Comércio (OMC) concordou em analisar reclamações sobre a lei de diversos países produtores de tabaco.
Nações como Ucrânia, Zimbábue, Honduras, República Dominicana, Nicarágua e Indonésia argumentam que os governos deveriam adotar políticas de saúde "sem necessariamente restringir o comércio internacional e sem anular os direitos de propriedade intelectual". Já a Nova Zelândia, Noruega e Uruguai ficaram ao lado da Austrália no caso na OMC

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terça-feira, fevereiro 05, 2013


Avisos de advertência gráfica ficarão ainda maiores na Tailândia



04 de fevereiro de 2013. O tamanho das advertências em maços de cigarros na Tailândia, que são dominadas por fotos gráficas que mostram as consequências do tabagismo, serão expandidas para cobrir 85% da embalagem. As atuais cobrem 55%, disse o ministro da saúde pública Pradit Sinthawanarong.

As novas advertências serão obrigatórias 180 dias após a publicação no Royal Gazette, disse The Nation em seu site. Dez imagens gráficas foram selecionadas para acompanhar os avisos e serão as maiores do mundo.


www.tobaccoreporter.com
www.nationmultimedia.com