quinta-feira, abril 30, 2009

Longa tragada
(em 1975)

Empenhadas em manter as vendas em ascensão, as companhias de cigarros nos Estados Unidos não param de oferecer novidades. É verdade que o teste de uma nova marca ou variedade, em larga escala, chega a custar 600 000 dólares (cerca de 4,9 milhões de cruzeiros) - e, de quarenta produtos testados nos quatro últimos anos, apenas três obtiveram aprovação. Mas, como as recompensas do sucesso também são grandiosas, os fabricantes não desistem de tentar. E parece que estão alcançando uma nova vitória. Trata-se de um cigarro de 120 milímetros, um quinto mais longo do que qualquer outro até então conhecido.
A tendência dos superlongos foi iniciada quando a R.J. Reynolds começou a testar o seu More em Oklahoma, em outubro passado. Depois, em Nova York e Los Angeles. Os resultados foram notáveis, segundo a companhia, e dias atrás o More passou a ser vendido em todo o país. Seguindo os seus passos, a Philip Morris está pondo à prova o Saratoga, também em Nova York e Los Angeles. E já se prepara para o seu lançamento nacional, no mês que vem, através da "mais agressiva" promoção na história da empresa. Enquanto isso, a American Brands fará o teste de mercado do seu Long Johns em San Diego e Los Angeles.

Perfil - Para os não iniciados, os superlongos mais parecem cigarrilhas que cigarros. Enrolados em papel castanho-escuro, eles têm no entanto o sabor do cigarro tradicional. E seu preço é igual ao dos 100 milímetros. O More, por exemplo, comprime a mesma quantidade de fumo usada nos 100 milímetros dentro de uma forma mais fina. O resultado, orgulha-se a Reynolds, é um cigarro que se consome mais lentamente e proporciona aos fumantes 50% a mais de baforadas que as versões mais curtas. Mas os fabricantes admitem que os fumantes vão mudar para os superlongos só porque eles permitem mais tragadas sem aumentar de preço. A American Brands considera que esses cigarros são populares pelo seu tamanho singular. "As pessoas estão fugindo de velhos esteriótipos e se expressando de novas maneiras", diz um de seus diretores.
Já o dono de uma tabacaria em Nova York atribui o sucesso do More ao detetive Kojak - personagem vivido por Telly Savalas numa série policial da televisão -, que fuma superlongos feitos sob encomenda. "Tem gente que quer se parecer com Kojak", afirma ele. "E, como não pode encomendar um superlongo, acaba comprando More." Talvez por essa razão, há quem pense que os superlongos não passarão de uma simples moda. Mas as empresas estão apostando pesadamente para que eles se tornem uma preferência duradoura. E demonstram disposição em exercitar a sua paciência. Afinal, lançado em 1964, o 100 milímetros levou muito tempo para pegar - hoje, nos Estados Unidos, ele domina 25% do mercado.

Veja Edição 347 – 30 de Abril de 1975
DINAMARCA - Imagens de Advertência nos maços.

Copenhagen, Dinamarca, 24 de Abril (UPI) - O Ministério da Saúde dinamarquês pretende adicionar fotos dos efeitos do tabagismo nos maços de cigarros.

O ministro da Saúde, Jakob Axel Neilsen disse ao jornal Metro Xpress que as advertências gráficas são parte de um plano nacional de saúde baseado na prevenção e deverão ser postas em prática no próximo outono.

A proposta tem o apoio do governo e do grande partido da oposição, tendo o Ministério da Saúde autoridade para colocá-la em prática. A Comissão de Prevenção recomendou o uso de imagens, baseada em um estudo canadense que mostrou que elas são mais eficazes aos avisos escritos.

http://www.upi.com

sexta-feira, abril 24, 2009

Chamada para avisos gráficos em Bangladesh.

24 de abril de 2009 - Os grupos Associação de Consumidores e o Consórcio sobre o Controle do Tabaco de Bangladesh se reuniram recentemente em Dhaka para discutirem especificamente sobre o reforço das advertências de saúde nos produtos de tabaco.

Os grupos solicitam a introdução de avisos gráficos de advertência em Bangladesh, onde a maioria das pessoas, são incapazes de ler, informa reportagem do Daily Star.

Os participantes também viram a necessidade de proibir a produção do tabaco em terras agrícolas, aumentar os impostos e organizar campanhas de sensibilização de maior abrangência.

www.tobaccoreporter.com

terça-feira, abril 21, 2009

Espanha introduzirá imagens de advertência nos maços de cigarros.

MADRID (AFP) -- A Espanha afirmou nesta terça-feira que pretende forçar as companhias de tabaco a colocarem imagens de advertências nos maços de cigarros para alertar os fumantes dos riscos para a saúde, uma medida já introduzida em alguns países europeus.

As imagens terão "um forte impacto visual", mas não se sabe exatamente como elas vão ser, ou quando a medida entrará em vigor, disse o ministro da Saúde, Trinidad Jimenez, à Rádio Nacional da Espanha.

Empresas do setor já são obrigadas a colocar mensagens "Smoking Kills" (Fumar Mata) em preto e branco nas embalagens de cigarros vendidas na Espanha.

O governo espanhol já tem uma lei anti-fumo, que entrou em vigor em janeiro de 2006, menos restritiva que em outros países europeus, onde proíbe fumar nos transportes públicos, mas não em bares e restaurantes.

No ano passado a Romênia se tornou o segundo país europeu, depois da Bélgica, a colocar imagens chocantes nos maços de cigarros.

No Reino Unido, será obrigatório a partir de outubro, enquanto que a França planeja introduzir uma medida similar neste ano.

Brasil, Tailândia e Canadá também possuem leis semelhantes.


http://www.nasdaq.com/aspx/stock-market-news-story.aspx?storyid=200904210612dowjonesdjonline000186&title=spain-to-place-gruesome-images-on-cigarette-packets--minister

quinta-feira, abril 16, 2009

Rússia levanta dúvidas sobre a Bulgartabac.

15 de abril de 2009 - Nas tentativas de privatizar a Bulgartabac, a Bulgária tem agora um novo problema.

O jornal The Southeast European Times relatou que a Rússia tem a intenção de retomar uma série de empresas no exterior, uma vez que eram de propriedade da antiga União Soviética. E nelas está incluída a fabricante búlgara de cigarros Bulgartabac.

"O governo russo pretende 'restabelecer sua propriedade' na Bulgartabac e em muitas outras empresas fora da Rússia", disse na quinta-feira, dia 9, o chefe do Departamento Econômico da administração russa, Vladimir Kozin.

Bulgartabac é uma empresa holding, uma das principais produtoras de cigarros na Europa Central e Oriental, fundada em 1947 e sediada em Sófia. Produz mais de 50 marcas de cigarros, entre elas: Victory, Femina, Prestige, Slims,Bulgartabac, MM, Melnik, Seven Hills, Global, Bridge, Tresor, BT, Charlie, Nevada, Orient Express e Country.

"Estamos investigando... Se descobrirmos que a empresa foi em algum tempo de nossa propriedade, e que de alguma forma não muito legal tenha chegado em mãos estrangeiras, vamos lançar um procedimento para o seu retorno", disse Kozin.

A Rússia tem repetidamente levantado questões sobre a propriedade da Bulgartabac. A União Soviética a adquiriu como reparações após a Segunda Guerra Mundial.

http://www.sofiaecho.com/2009/04/12/704264_russia-disputes-ownership-of-bulgarian-tobacco-company
http://tobaccoreporter.com

segunda-feira, abril 13, 2009

Ásia e Europa discutem lei rigorosa contra uso do cigarro.

12/04/2009

João Cláudio Garcia - Correio Braziliense

Enquanto os estados de São Paulo e Minas Gerais discutem a polêmica lei que bane o cigarro e derivados em quase todos os ambientes coletivos fechados, países da Europa e da Ásia estudam — e alguns já aplicam — legislações mais duras para proibir a exibição do produto em locais de venda e inclusive impedir as empresas de apresentarem logotipos e ilustrações atrativas nos maços. A intenção é reduzir a quantidade de menores de idade que fumam. No Reino Unido, as autoridades também tentam acabar com as máquinas de venda automática de tabaco.

A eficácia desse tipo de medida radical é questionada. Na Islândia, que possui uma lei vetando a exibição de maços desde 2001, o fumo entre menores de 15 anos caiu de 18,6% em 1999 para 11,1% em 2007. Mas o impacto entre a parcela mais velha da população parece não ter sido grande. No Canadá, de acordo com a rede britânica BBC, a queda foi mais significativa: em 2007, 19% dos jovens de 15 a 19 anos fumavam, contra 29% em 2002. A proibição a máquinas de venda automática de cigarro vigora ainda em nações como Vietnã, China, Rússia, Tailândia e Cingapura. No Leste Europeu, a maioria dos governos tomou a mesma decisão.

Atualmente, o debate ganha fôlego no Reino Unido. O governo da Escócia já determinou que a apresentação dos maços em vitrines ou qualquer lugar à vista dos consumidores será coibida até com multa. A meta regional é reduzir para menos de 23%, até 2012, a quantidade de jovens fumantes. As autoridades deram dois anos para as grandes redes de lojas se adaptarem, enquanto os pequenos comércios terão um prazo maior (2013). A Assembleia da Irlanda do Norte também determinou essa proibição, embora a aplicação deva ficar para depois de 2013. No gabinete britânico, os ministros estão divididos sobre a questão.


Impacto

O problema é que tais vetos terão consequências avassaladoras não só para a indústria do tabaco, como para as lojas de conveniência, os mercados e free-shops. Esse tipo de mercadoria movimenta o equivalente a R$ 40,5 bilhões por ano em terras britânicas e corresponde a 20% das vendas em lojas de conveniência. “A última coisa que precisamos no meio desta recessão é de mais regulação para facilitar o comércio ilícito de produtos do tabaco e impactar negativamente milhares de pequenos vendedores e as comunidades que eles servem”, disse à BBC Christopher Ogden, diretor executivo da Associação de Fabricantes e Tabaco do Reino Unido.

O Ministério da Saúde britânico estima que a exibição de cigarros encoraja compras não planejadas, aumentando as vendas de 12% a 28%. Mas o cerco aos fabricantes do produto pode ir além do veto à exibição, pois parlamentares também cogitam padronizar os maços, proibindo logotipos e ilustrações chamativas. Uma proposta prevê que todas as marcas sejam vendidas em embalagem preta-e-branca, apenas com informações sobre as substâncias presentes no cigarro e alertas relativos ao risco para a saúde. A imposição, porém, enfrenta ferrenha resistência das empresas.

As leis já comuns em nações europeias, como a que impede o fumo em locais fechados, têm apresentado bons resultados. No mês passado, a Irlanda do Norte divulgou que o nível médio de nicotina nos bares e pubs caiu 92% depois que a legislação entrou em vigor, em abril de 2007.

Na Espanha, Bernat Soria, ministro da Saúde que deixou o cargo na terça-feira, disse esperar que novas regras antitabaco sejam aprovadas ainda nesta legislatura. “A direção-geral de saúde pública leva a cabo um plano integral que consta de uma série de ações contra o tabagismo”, afirmou em entrevista ao Periódico de Catalunya. A Espanha ainda possui uma das leis sobre o tabaco mais lenientes da União Europeia.

quarta-feira, abril 01, 2009

EMIRADOS ÁRABES UNIDOS

Embalagens de cigarros com advertências gráficas de saúde.

04 de Março de 2009 - A partir de Setembro de 2009, produtos de tabaco nos Emirados Árabes Unidos trarão uma mensagem de advertência que será difícil ignorar.

Imagens de pulmões enegrecidos e o impacto de uma hemorragia cerebral, entre outros, estarão nos maços de cigarros vendidos no país, seguindo o exemplo do Reino Unido, Canadá e Brasil. Dr.Wedad Al Maidoor, chefe do Comitê Nacional de Controle do Tabaco disse que a Organização Mundial da Saúde (OMS) doou as fotos para os Emirados Árabes Unidos para ajudar com seus esforços no controle do tabaco.

Oficiais da saúde esperam que os avisos gráficos, com seu inerente valor de perturbação, irão ajudar a distribuir uma melhor mensagem e desencorajar as pessoas ao fumo. Anterior renovação das advertências de saúde nos maços de cigarros, em setembro de 2007, exigiu dos fabricantes, o aumento do texto de aviso e a disposição em inglês e árabe.

O aviso gráfico é um dos muitos passos que os Emirados Árabes Unidos (um dos signatários da Convenção-Quadro do Controle do Tabaco) estão tomando para diminuir o tabagismo.

Tobacco Journal International