quinta-feira, fevereiro 26, 2009


Líder norte-coreano chama a atenção da mídia.

26 de Fevereiro de 2009 - Kim Jong-il, o líder norte-coreano, apareceu ontem na televisão estatal acendendo um cigarro durante a visita a uma fábrica de cigarros, informa reportagem da Reuters e retransmitida pela Tobacco China Online.

Kim foi mostrado em uma série de imagens fixas falando com o gerente da fábrica e aparentemente fumando.

As imagens atraíram a atenção da mídia porque Kim apresenta rumores de má saúde e também por ter dito anteriormente que tinha parado de fumar.

www.tobaccoreporter.com

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

Proposta aprovada na Câmara beneficia indústria de cigarro
  • Do site www.congressoemfoco.com.br
  • Quarta-feira, 18/02/2009 - 18:45



    Brasília - Um destaque à MP 447, que dispõe sobre um maior prazo do recolhimento de tributos federais, aprovado ontem (17) pela Câmara irá beneficiar a indústria de cigarros. A proposta polêmica, que segue para apreciação do Senado, incluiu a indústria tabagista entre os setores beneficiados com o aumento do prazo para o recolhimento de impostos.

    A emenda do deputado Vilson Covatti (PP-RS) permite que os tributos sobre o cigarro sejam recolhidos apenas uma vez por mês. Hoje a indústria tabagista é tributada a cada dez dias. Na justificativa da proposta, Vilson afirma que o cigarro é o único item sobre o qual o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) deve ser recolhido no “terceiro dia útil do decêndio”.

    “O que eles querem é pagar tudo de uma vez só, mas isso é dar privilégio para uma indústria que tem mil questionamentos sobre o seu papel na sociedade”, disse ao Congresso em Foco o líder do Psol na Câmara, deputado Ivan Valente (SP).

    Para a deputada Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que foi favorável à matéria, a polêmica envolvendo os males causados pelo cigarro não justifica o tratamento diferenciado dado à tributação da indústria do tabaco. “Mesmo com as discussões em relação às questões do Ministério da Saúde , eu fui a favor porque é questão de isonomia entre as indústrias. Afinal, a bebida também faz mal e é tributada uma vez por mês”, justificou.

    Contrária à emenda, a deputada Janete Pieta (PT-SP) afirma que é incoerente aprovar uma emenda que incentiva um setor que traz prejuízos à saúde da população. “Nós que defendemos a saúde pública, não podemos estimular a indústria de cigarros. Privilegiar um setor que a saúde condena é incoerência”, protestou.

    segunda-feira, fevereiro 16, 2009

    DESAFIO DO BOM CIGARRO

    Revista Veja, 22 de Janeiro de 1969

    Dois vícios tiveram de ser combatidos
    pela primeira fábrica de cigarros de papel do Brasil, instalada no Rio em
    1903, a Souza Cruz. Eram o cigarro de palha, preferido nas classes populares, e o rapé, a moda entre os elegantes. Hoje, porém, a indústria brasileira de cigarros, que dá ao Govêrno um oitavo de sua receita anual - NCr$ 1,5 bilhão -, depende, para expandir-se, não da mudança de hábitos, mas da manutenção de um hábito já estabelecido: o de fumar cigarros de tipo americano. A Souza Cruz (British-American Tobacco), que vende 3 bilhões e 300 milhões dos 4 bilhões e 250 milhões de maços fumados no Brasil anualmente, já lançou o Hilton em São Paulo e no Rio e já fabrica no Brasil o Pall Mall e o Lucky Strike (segunda e oitava marcas no mercado americano), à venda em Curitiba e Salvador, e o Viceroy (décima marca americana), lançado em Natal e no Recife. A Flórida de Cigarros (Liggett & Myers, grupo americano), segunda emprêsa do Brasil, com 330 milhões de maços por ano, que na categoria de filtro tem o Orleans, vai lançar depois de março o Chesterfield com e sem filtro, o cigarro que mais vende no mundo, com 3,5 bilhões de maços por ano. Mas o Chesterfield é um cigarro médio tipo Continental. Já brigam na área refinada do filtro os gaúchos Califórnia, da Santa Cruz de Cigarros (Reentezma Zigaretten, grupo alemão), e Monroe, da Sinimbu, e o London, da Tabacaria Londres. E a Philip Morris, segunda companhia dos Estados Unidos, que até o fim do ano terá terminado a fábrica que está montando no Brasil e há três anos tem plantações de fumo no Rio Grande do Sul, já está fazendo anúncios, em jornais, revistas e TV, do Benson & Hedges e do Marlboro.

    Tradição e juventude - Qual é o mercado para tantos cigarros? É um mercado jovem - nos últimos anos os rapazes e môças que começam a fumar aos dezesseis ou dezessete anos preferem experimentar o cigarro de filtro a enfrentar o cigarro mais forte. É um mercado saudável - hoje os brasileiros fumam 1 bilhão e 410 milhões de maços de cigarros com filtro por ano, um têrço do total, e a tendência, por temor ao câncer, é aumentar essa proporção. É também um mercado feminino - de quinze anos para cá, a porcentagem de mulheres que fumam aumentou dez vêzes e elas rejeitam os cigarros "próprios para mulheres", como o já extinto Pink, de filtro côr-de-rosa e papel com gôsto de chocolate. Mas é, principalmente, um mercado tradicional - dos fumantes que preferiam o cigarro importado, isto é, contrabandeado. O diretor da Fiscalização de Rendas Aduaneiras, Josberto Romero de Barros, calcula que os brasileiros fumam 60 milhões de maços contrabandeados por ano, que renderiam para o Govêrno, se pagassem impostos, 48 milhões de cruzeiros novos por ano, 3,5 por cento do deficit orçamentário da União. Mas Oswaldo Heinen, gerente da União Sul-Brasileira de Cooperativas, que reúne os produtores gaúchos de fumo, afirma que o cigarro americano consumido no Brasil corresponde a 10 por cento da produção de cigarros no País, o que daria 425 milhões de maços contrabandeados por ano.

    O grande impulso - De qualquer modo, tôdas as emprêsas aceitam que o grande impulso da fabricação brasileira dêste ano será a disputa do mercado criado pelo contrabando. O preço médio do cigarro americano, com a queima dos cigarros contrabandeados promovida pelo Govêrno, subirá 7 cruzeiros novos, muito mais do que o máximo que pode ser cobrado por um cigarro nacional do mesmo tipo. No Brasil, o Ministério da Fazenda estabeleceu treze categorias de preços, que vão de NCr$ 0,50 a NCr$ 1,40. Em qualquer categoria, 66,07 por cento do preço serve para pagar ao Govêrno Federal o Impôsto sôbre Produtos Industrializados; 5,77 por cento vai para os governos estaduais e municipais - é o Impôsto sôbre Circulação de Mercadorias; 9,46 por cento fica com o varejista; 15,7 por cento representa o custo de fabricação do cigarro; e 3 por cento é o lucro da fábrica. Como tôdo êsse pêso dos impostos, o Benson & Hedges nacional ainda ficará quatro ou cinco vêzes mais barato do que o americano. Mas os consumidores que se acostumaram ao cigarro contrabandeado não perceberão nenhuma diferença? Segundo o presidente do Instituto Baiano do Fumo, Adolfo Gonçalvez Lôbo, fumar cigarro americano hoje em dia "é pura esnobação de brasileiro". Até a Segunda Grande Guerra, o cigarro americano era mais suave do que o brasileiro, pois aqui ainda não havia processos de aromatização. Hoje, não há nenhuma diferença. Diz entretanto Sidney de Carvalho, da Sudan, de São Paulo: "Quando a carteira do cigarro americano disser 'fabricado no Brasil', os esnobes deixarão de fumá-lo".

    O sabor e o aroma - Na verdade, todo cigarro nacional ou estrangeiro não passa de uma mistura de fumo de estufa com fumo de galpão, que toma um banho de vapor e se transforma num melado em que entram alcaçuz, açúcar, cacau e substâncias químicas; depois é picado, enrolado em papel e cortado, para receber ou não um filtro e ser colocado em maços, pacotes e caixas. Tudo é feito por máquinas nas 25 emprêsas nacionais e as máquinas, iguais às estrangeiras, são fabricadas no Brasil. A Philip Morris só vai importar algumas peças do laboratório químico. Também não há diferença na matéria-prima. Todo o fumo brasileiro para cigarros é produzido no Rio Grande do Sul, onde se colhem por ano 750 mil fardos de 750 quilos cada um. Dêsse total, 650 mil fardos são de fumo de estufa, claro, fraco, aromático, de sabor adocicado, com pouca nicotina e muito açúcar - é o que dá aroma ao cigarro. E 100 mil fardos são de fumo de galpão, escuro, forte, com cheiro de fumo de corda, rico em nicotina e proteínas - é o que dá sabor. Quanto maior a proporção de fumo de estufa, mais fraco é o cigarro. O Rio Grande do Sul produz duas variedades de fumo de estufa - 550 mil fardos de fumo amarelinho gaúcho e 100 mil fardos de fumo Virgínia - e duas variedades de fumo de galpão - 90 mil fardos do galpão tradicional e 10 mil fardos de fumo Burley. O cigarro brasileiro médio, como o Continental ou o Mistura Fina, que alcança 240 milhões de maços anuais, são misturas do fumo amarelinho gaúcho com o fumo de galpão tradicional. E o Hilton brasileiro, como o Benson & Hedges americano ou qualquer cigarro de maior preço, é uma mistura de fumos Virgínia e Burley.

    Cigarros à venda - Qual a diferença então entre os cigarros? É, em parte, uma questão de prestígio. A esmagadora maioria das pessoas, com exceção quase apenas dos experimentadores profissionais das fábricas, não conseguiria distinguir, fumando de olhos vendados, sua marca preferida de outra da mesma categoria. No entanto, a pessoa continua preferindo a sua marca, levada pela propaganda ou pelo costume. Porém, mais importante do que isso é a comercialização. A Souza Cruz tem nove fábricas de norte a sul do País, que servem diretamente 200 mil pontos de venda em todo o Brasil. Nenhuma outra emprêsa tem uma rêde de distribuição tão extensa e em tôdas as categorias os seus cigarros se impõem. Mas a Sinimbu gaúcha conta com 30 mil pontos de venda, na maioria concentrados no interior do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. E nessa região, no campo e nas cidades menores, o seu cigarro Hudson, dentro da linha do cigarro médio, é mais vendido do que qualquer outro de qualquer categoria. No Nordeste, porém, 95 por cento do mercado é da Souza Cruz. Nem só por isso se distingue o mercado nordestino. Lá o cigarro de filtro representa menos de 10 por cento das vendas e o Hollywood-filtro vende mais do dôbro do que vende o Minister, o cigarro de filtro de mais saída no Sul. Lá também ainda existe a venda do cigarro por unidade (cada Minister vale NCr$ 0,10). E da Bahia para cima não se encontra, em nenhum lugar, o Luís XV, cigarro importante no Sul. Nem tôdas as fábricas da Souza Cruz produzem todos os cigarros Souza Cruz. No Recife e em Salvador só há produção de Kent, Astória, Capri, Hollywood e Continental sem filtro e Gaivota, que só se vende no Nordeste; Carlton, Minister, Hollywood-filtro e Cônsul são importados do Rio.

    Outro mercado - Além dos fumantes de cigarros de filtro de maior preço, existe um outro mercado que as fábricas podem disputar: o dos que ainda hoje não fumam cigarros de papel. Uma pesquisa de uma fábrica nacional indicou que os brasileiros fumam por ano perto de 1 bilhão e 400 milhões de maços de cigarros de palha; acrescentando-se a isso os que mascam fumo de corda, se teria um número de fumantes que a indústria não atinge igual ao número atual de fumantes de cigarros de papel. Mas, no futuro previsível, as fábricas deverão mesmo disputar os fregueses dos cigarros de filtro, que já têm poder aquisitivo. Já se sabe, que o destino do cigarro forte está selado. Em todos os lugares em que o nível de vida das classes mais populares tem crescido, a tendência é sempre ignorar os cigarros mais fortes - de NCr$ 0,50 ou NCr$ 0,60 - e passar sem transição do cigarro de palha para o cigarro médio, como aconteceu com o Continental em todo o Nordeste e nas cidades maiores do Sul e Centro-Sul, e com o Hudson no interior do Sul.

    O futuro do fumo - Do ponto de vista dos produtores, tôda essa luta pelo mercado nacional tem um interêsse apenas relativo. A Bahia só produz fumos para charuto, e exporta quase tudo o que produz. No Rio Grande do Sul, se bem que os produtores estejam satisfeitos, pois os cigarros contrabandeados terão de ser substituídos por cigarros produzidos com fumos de lá, a produção maior é com a exportação. Uma das três emprêsas gaúchas, a Goldbeck (Koch Sheltma, grupo holandês), suspendeu a fabricação e só exporta; outra, a Santa Cruz, exporta fumo de galpão para a Polônia, que vende fumo de estufa para a fábrica da Reentzma, em Hamburgo. Os soviéticos e os suíços não importam mais fumo gaúcho porque a carga era sempre pior do que as amostras. Se, porém, os produtores estão mais preocupados com outras coisas, a luta pelo mercado de cigarros de filtro refinados no Brasil interessa não só às grandes emprêsas e às agências de propaganda. Mas principalmente ao Govêrno, que no fim de contas leva dois terços do dinheiro.

    domingo, fevereiro 15, 2009

    QUEM FALA PELA SUDAN ?

    Na semana passada, VEJA publicou a informação de que um grupo financeiro ligado à indústria do fumo estava partindo para uma investida no setor da imprensa: tinha adquirido uma rádio, uma estação de TV e um jornal na Guanabara. As informações sôbre as várias transações e sôbre os objetivos do grupo foram fornecidas pro alto funcionário da Rádio Continental, o jornalista Olímpio Campos. Segundo êle, as fábricas de cigarros Sudan - Caruso - Tabacaria Londres eram as responsáveis pelo empreendimento, cujas operações vinham sendo coordenadas pelo próprio Olímpio Campos, em nome do industrial Murilo Alves Ferraz de Oliveira, que, segundo o informante, tem interêsses em 42 emprêsas, entre elas o grupo Sudan - Caruso - Tabacaria Londres.
    Essa informação é desmentida pelo Coronel Sady Dias Pacheco, atual diretor da Fábrica de Cigarros Sudan e pelo seu diretor industrial, COronel Antônio Augusto de Souza Filho. Afirma o Coronel Sady que "nunca existiu o grupo Sudan - Caruso - Tabacaria Londres", e que "o nome da Sudan está sendo usado indevidamente" por Olímpio Campos.
    A Fundação Anita Pastore D'Angelo, que detém o contrôle acionário da Fábrica de Cigarros Sudan, sofreu intervenção judicial em dezembro de 1968, provocada por atos irregulares da antiga administração, inclusive por sonegar impostos, por aumento de capital ilegal e falsificação de guias. Afirma o Coronel Sady Pacheco que a atual direção da Sudan, eleita em 18 de setembro de 1969, em assembléia geral, está empenhada em recuperar a emprêsa financeiramente, continuando assim o trabalho executado pela diretoria anterior, que assumiu logo após a intervenção. E que, de forma nenhuma, a emprêsa poderia participar, nesse momento, de empreendimentos como a compra de jornal, rádio e TV, por não ser de seu interêsse e porque sua situação financeira não o permitiria. Diz ainda o coronel que houve por parte de Murilo Alvez Ferraz de Oliveira uma tentativa de compra de ações da emprêsa, proposta recusada por ser considerada irrisória a quantia oferecida.

    NOTA DA REDAÇÃO: O Sr. Olímpio Campos escreveu a VEJA desmentindo as informações por êle fornecidas. Alega que falou ao repórter Ismar Cardona apenas sôbre assuntos da Rádio Continental e que estranhou as referências a três indústrias de cigarros "que nenhuma relação mantêm com o assunto abordado na referida entrevista". Alega ainda que as outras informações "não passam de boatos". Se essas informações carregam boatos, êstes foram passados ao repórter pelo próprio Sr. Olímpio Campos que, além de revelar a transação exatamente nos têrmos em que a noticiamos, acrescentou dados não publicados, como a compra de um "jatinho" que serviria tanto à cadeia de imprensa quanto às tabacarias. Durante a entrevista o Sr. Olímpio Campos informou ainda que a ofensiva do grupo Sudan - Caruso - Tabacaria Londres visava dar às fábricas cobertura publicitária para enfrentar a concorrência da Souza Cruz. Partiu dêle também a informação de que o industrial Murilo Alves Ferraz de Oliveira comprou, há seis meses, a Fábrica Sudan.

    Revista Veja, edição 70 - 7 de Janeiro de 1970

    quarta-feira, fevereiro 04, 2009

    Portugal:
    Fábrica de Tabaco Estrela lança nova marca de cigarros


    02-02-2009 22:49

    Prosseguindo uma tradição de muitos anos, a Fábrica de Tabaco Estrela (FTE) reuniu largas dezenas de funcionários e convidados para o almoço comemorativo de mais um aniversário da empresa.

    Os convidados de honra do 126º aniversário da Fábrica de Tabaco Estrela foram Arnaldo Machado, Director Regional de Apoio ao Investimento e Competitividade, e José Luís Macedo, Director Geral da Empresa Madeirense de Tabaco, estrutura empresarial que detém a FTE. O
    anfitrião foi Costa Martins, director da fábrica instalada em Ponta Delgada. Sendo acima de tudo um momento de convívio e de algumas homenagens, quer à antiguidade de alguns operários, quer à presença de determinados convidados, a sessão ficou marcada pela mensagem de esperança no futuro daquela empresa, com os seus responsáveis máximos a revelarem convicção de que a actual crise económica será ultrapassada e que a FTE se manterá sólida perante tais adversidades externas. Esta foi mesmo a ideia marcante das intervenções de praxe da
    cerimónia, que, embora não deixando de referir a actual situação económica negativa, estiveram bastante longe das dúvidas e pessimismos que vêm marcando o discurso diário da generalidade dos agentes económicos dos mais diversos sectores. Uma festa de aniversário que,
    por isso mesmo, caiu particularmente bem entre os funcionários presentes, que viram confirmada a estabilidade laboral da empresa.
    Aliás, Costa Martins foi bem claro em afastar qualquer cenário negro para o futuro da FTE, dando a entender que tal possibilidade nem sequer se coloca. E para o confirmar anunciou, para o curto prazo, o lançamento de uma nova marca de cigarros. Conforme, então, disse o responsável pela unidade fabril da Rua de Santa Catarina, "temos uma fábrica tão moderna como em qualquer outro país do mundo e isso explica por que é que continuamos". Considerando a época de
    aniversário como sendo um momento propício à reflexão sobre o passado e sobre o futuro, Costa Martins disse ser sua convicção que a FTE "dentro de outros tantos anos ainda cá esteja para celebrar a sua existência". Apesar do optimismo revelado, o gestor admite algumas actuais adversidades no sector, nomeadamente no que concerne à importação de tabaco. Como disse, "tem havido problemas com certos países exportadores de tabaco". Exemplificou com a situação relativa ao Zimbabué, uma das principais origens do tabaco tratado pela FTE, cujas remessas terão diminuído em cerca de 30 por cento. "Por isso já começamos a analisar outras origens de tabaco, como seja o Brasil", revelou. Independentemente disso, certo é que a FTE tem já em estado avançado o projecto para a comercialização de uma nova marca de cigarros, o que deverá acontecer "a muito breve prazo", de acordo com as palavras de ontem de Costa Martins, que se escusou a entrar em mais pormenores. Mensagem de confiança foi também aquela que o Director
    Geral da Empresa Madeirense de Tabaco expressou aos presentes, no almoço de aniversário de ontem. Numa linguagem bastante clara, José Luís Macedo salientou que "estamos todos fartos de ouvir falar em crises e, se calhar, até as sobrestimamos, mas a verdade é que uma das maneiras de as vencermos é sabermos que somos superiores a elas. Vão acontecer mais crises no mundo e só chegaremos a elas se passarmos por esta". Palavras que tiveram todo o apoio do representante do governo regional na ocasião, que, entre os devidos elogios à empresa, salientou a aposta que esta tem feito na qualidade e diversidade, mesmo em tempos de crise.

    Rui Leite Melo
    http://www.acorianooriental.pt/noticias/view/179410