quarta-feira, janeiro 30, 2008

Nova Philip Morris parte para a ofensiva

January 29, 2008 11:50 a.m.
Vanessa O'Connell The Wall Street Journal

Em seu escritório com vista para o Lago Genebra, o diretor-presidente da Philip Morris International, André Calantzopoulos, dá uma tragada bem longa num cigarro bem curto. Chamado Marlboro Intense, o produto foi encolhido a 7,2 centímetros e oferece aos fumantes sete tragos potentes por unidade, em vez da média normal de umas oito tragadas.

A idéia é atrair os consumidores que, proibidos de fumar em ambientes fechados, dão uma escapada rápida para fora dos prédios para ter sua dose de nicotina. "Se você faz um produto como esse", diz o presidente, "sabe que há talvez 50 mercados interessados em utilizá-lo."

O Marlboro Intense deve fazer parte de uma agressiva campanha de novos produtos que a PMI vai lançar mundo afora depois que a empresa — hoje uma subsidiária da Altria Group Inc., sediada em Nova York — se tornar uma entidade independente. A mudança vai entrar em vigor amanhã, quando o conselho da Altria deve aprovar uma decisão há muito esperada de desmembrar a PMI da Philip Morris USA. A mudança estratégica vai liberar as operações internacionais de dores de cabeça nos Estados Unidos, tanto jurídicas quanto de relações públicas, que vêm retardando seu crescimento.

A empresa desmembrada, por exemplo, vai escapar da legislação americana sobre cigarro e do alcance de advogados americanos especializados em ações coletivas. E, mais importante ainda, suas práticas não vão mais ser contidas pela pressão da opinião pública americana, o que abre o caminho para amplas experiências com produtos.

Já a partir de março a PMI pode estar operando como uma empresa independente — a terceira mais rentável do mundo entre as empresa de bens de consumo não-duráveis, depois da Procter & Gamble Co. e da Nestlé SA. A decisão vai possibilitar que a gigante do tabaco comercialize uma série de novas idéias ligadas ao fumo, cada uma delas voltada a populações de diferentes países, que, coletivamente devem consumir 5,2 trilhões de cigarros este ano.

Entre os novos produtos em teste está um aparelho eletrônico portátil para fumar chamado Heatbar, que emite menos fumaça que um cigarro comum. Outro é o Marlboro Wides — um cigarro mais grosso cujo maço abre-se pela lateral. Para atrair consumidores em alguns mercados emergentes, a empresa está fazendo cigarros com odor adocicado que contêm tabaco, cravo e outros sabores — e o dobro da nicotina do cigarro convencional.


















Embora a taxa de fumantes na população dos países desenvolvidos tenha caído lentamente, eles subiram dramaticamente em alguns países em desenvolvimento, onde a PMI tem forte presença. Entre esses estão a Ucrânia (aumento de 42% desde 2001), Paquistão (alta de 36%) e Argentina (crescimento de 18%).

Alguns antitabagistas estão alertando que uma PMI independente será uma empresa que, do ponto de vista prático, não tem nacionalidade e não responde a ninguém.

Calantzopoulos, 51 anos, diz que esses temores são "idéias equivocadas" e observa que os regimes regulamentares da Europa são mais rigorosos do que os dos EUA, onde as restrições mais severas foram criadas no fim dos anos 90, num acordo judicial para encerrar um processo contra as fabricantes de cigarro movido pelos Estados americanos.

A Convenção-Quadro para Controle do Tabaco, da Organização Mundial da Saúde, um tratado internacional de saúde pública, foi assinada por 148 países, entre eles o Brasil, China e Paquistão. Embora ele tenha resultado em maior regulamentação em muitos dos mercados do mundo, países como a Indonésia e a Rússia não participam do tratado.

Dadas as rápidas mudanças no ambiente legislativo em todo o mundo, "as fabricantes precisam detectar potencial primeiro e agir rapidamente num nível nacional, não num nível regional", diz Zora Milenkovic, principal analista de cigarro da firma de pesquisa Euromonitor International.

Calantzopoulos, um ex-engenheiro automobilístico e presidente executivo da PMI há seis anos, será diretor-superintendente da PMI, sob o comando de Louis Camilleri, o atual presidente da Altria. Camilleri deixará a Altria e se mudará para a Suíça para presidir a divisão internacional independente de cigarros. A Altria vai consistir da Philip Morris USA (a divisão americana de cigarros) e uma fatia de 28,6% na cervejaria britânica SAB Miller.

A PMI será a maior empresa privada de cigarros do mundo, com volume de vendas que totaliza mais de quatro vezes o de sua irmã americana. Em 2006, a PMI teve faturamento de US$ 48,26 bilhões, ante US$ 18,47 bilhões da Philip Morris USA.

Camilleri argumenta que o desmembramento vai resultar num foco "renovado" na PMI.

Algumas das novas iniciativas da PMI têm aspectos estratégicos importantes. Um de seus maiores objetivos é aproveitar o enorme potencial da população fumante da China.

Depois de mais de três anos de negociações com o governo chinês, a PMI deve este ano começar a comercializar três marcas de cigarros fabricados na China pela estatal China National Tobacco Corp. Eles serão vendidos na Europa Central, Leste Europeu e América Latina, segundo a PMI. Em troca, a Philip Morris terá o direito de produzir sua própria marca Marlboro em fábricas estatais. No momento, a Philip Morris está limitada a importar seus cigarros que vende na China, e é restrita a cotas rigorosas.

A China Nacional Tobacco, que tem sede em Pequim, não quis comentar.

(Colaboraram Nicholas Zamiska, de Hong Kong, e Gordon Fairclough, de Xangai)
Grevistas param produção no Nepal

29 de Janeiro de 2008 - Grevistas pararam a produção na fábrica de cigarros ITC em Simra, sul do Nepal, informa reportagem de Sudeshna Sarkar para o site newkerala.com.

Aproximadamente 400 trabalhadores pararam o trabalho, demanando, entre outras coisas, aumento salarial.

Esta é a segunda ruptura em três meses. Em Novembro, grevistas fecharam a fábrica por mais de 72 horas e detiveram alguns membros da empresa.

Surya Nepal, uma Indu-Nepal joint venture, iniciou suas operações no país em 1986. É uma subsidiária da ITC Ltd, India, sendo o maior empreendimento privado do setor no Nepal.

www.tobaccoreporter.com

quarta-feira, janeiro 23, 2008

Nova companhia coreana entra no mercado de cigarros local.

Fonte: Chosun Ilbo (kr)
Data: 17/01/2008, englishnews@chosun.com

Um novo competidor aceita o desafio do trilionário mercado de cigarros coreano.

Woori Tobacco anunciou na quarta-feira passada que seus negócios serão postos em completo balanço com o lançamento de 3 tipos dos cigarros Wigo, na quinta-feira.

O distribuidor 3GCare adquiriu uma maior aposta na Woori Tobacco, uma companhia coreana que ganhou no ano passado, a licença para fabricar e vender cigarros.

A entrada de Woori aumenta o número de competidores no mercado do tabaco coreano para cinco, incluindo a ex-estatal Korea Tobacco & Ginseng e três outras empresas estrangeiras: British American Tobacco Korea, Phillip Morris Korea, e Japan Tobacco.

Woori é a primeira companhia local a ganhar a licença para fabricar cigarros desde que Korea Tobacco & Ginseng formalmente encerrou seu monopólio no país, em 2001.

A Coréia está concedendo licença aos fabricantes de cigarros em determinadas condições, incluindo capitalização superior a W30 bilhões e uma capacidade de produção anual de pelo menos 5 bilhões de cigarros.

quarta-feira, janeiro 09, 2008

Projeto prevê foto de desaparecido em carteira de cigarro

Projeto - 08/01/2008 12h23

As carteiras de cigarro poderão estampar fotos de pessoas desaparecidas ou foragidas da Justiça caso a Câmara aprove o Projeto de Lei 1193/07, do deputado Sérgio Moraes (PTB-RS). A proposta estabelece que a inserção deve seguir as seguintes regras:

- a foto precisa ser colorida, ter dimensão mínima do padrão 3x4 e ser afixada em local diverso ao destinado à informação sobre os males causados pelo fumo;
- a embalagem deve incluir o nome completo da pessoa retratada, bem como apelido ou codinome, se houver, de modo a facilitar a procura e a identificação;
- na carteira terá de haver orientação para que, em caso de reconhecimento, seja procurada a autoridade policial mais próxima;
- os lotes devem ser renovados em, no mínimo, 15 dias.


Responsabilidade

O projeto determina que a responsabilidade pela seqüência de fotos a serem impressas é dos órgãos incumbidos da centralização e divulgação, em âmbito nacional, dos registros de pessoas procuradas, priorizada a ordem de inclusão das informações em seus cadastros. No caso das pessoas desaparecidas, as crianças deverão ter prioridade.

O deputado cita matérias publicadas na imprensa que registram o desaparecimento de aproximadamente 200 mil pessoas a cada ano no Brasil, sendo 40 mil crianças ou adolescentes. "A veiculação dessas fotos e nomes em carteiras de cigarros, geralmente distribuídas em nível nacional, é uma excelente ferramenta para auxiliar na busca de crianças desaparecidas e de foragidos da Justiça", argumenta.


Tramitação

O projeto tramita apensado ao PL 1858/99, do Senado, que obriga as empresas de rádio e TV a destinarem pelo menos dois minutos diários de sua programação à divulgação de informações sobre menores desaparecidos. A proposta precisa ser analisada pelo Plenário.

Íntegra da proposta:
- PL-1193/2007

Reportagem - Rodrigo Bittar
Edição - João Pitella Junior

Tel. (61) 3216.1851/3216.1852
Fax. (61) 3216.1856
E-mail:agencia@camara.gov.br

terça-feira, janeiro 01, 2008

Bandas entram com ação contra 'Rolling Stone' e fábrica de cigarros

Processo é motivado pelo uso de uma propaganda da Camel no encarte da revista "Rolling Stone".




Um editorial e propaganda veiculados na edição de 40º aniversário da revista norte-americana "Rolling Stone" está gerando o protesto de um grupo de 186 artistas.

O material de quatro páginas foi apresentado na edição do dia 15/11/07, intitulado-se "Universo indie rock", separando duas páginas de publicidade dos cigarros Camel. O comercial aparece com o slogan "A fazenda - com o compromisso de apoiar e promover as gravadoras independentes". O editorial "Universo indie rock" trazia os nomes das bandas que hoje são autoras do processo, como Xiu Xiu, Joanna Newsom, Stephen Malkmus e Fucked Up.

A R.J. Reynolds Tobacco, fabricante de Camel, e a Wenner Media, editora da "Rolling stone", disseram que as duas peças não têm relação entre si - as empresas sustentam que uma é propaganda, a outra é conteúdo editorial da revista.
Segundo o site "Daily Swarm", as bandas solicitam um pedido de desculpas da "Rolling Stone", que teria de dizer que usou os nomes dos artistas sem autorização. O texto, de acordo com o documento, deve ser publicado nas mesmas dimensões da peça publictária. Também requerem uma indenização de US$ 750 por banda e por exemplar de Rolling Stone, o que constitui US$ 195,3 bilhões.

Duas semanas atrás, promotores já haviam colocado a R.J. Reynolds Tobacco como objeto de uma ação atrás por usar desenhos na propaganda - o que é proibido em 46 estados norte-americanos, segundo um acordo de 1998. Em razão disso, o famoso Joe Camel teve de ser aposentado.